domingo, 12 de julho de 2009

Técnicos Interinos

O caso de Jorginho, no Palmeiras, não é o primeiro de técnicos interinos que vão bem. Sete pontos em três jogos com o time jogando bem soa como um verdadeiro sucesso na escolha do técnico pela diretoria.

Interinos geralmente são adorados pelos jogadores, não sei bem porque. No caso do Jorginho, ele parece ser bem comunicativo, não é tão impositivo quanto o Luxemburgo, o que deve ter agradado alguns palmeirenses. Eu particularmente acho que (alguns) jogadores vêem o interino como uma chance de mandar no time mais do que deveriam, sem serem repreendidos, já que o interino não tem a moral de um técnico de ponta.

Um ponto essencial quando se fala de interinos, para mim, é que são técnicos "demissíveis": não se demite um grande técnico à toa, mas os interinos, quando efetivados, sempre são os "técnicos inexperientes para o time", para torcida e diretoria.

Mas se você pensa em um técnico porque ele é "demissível", não deveria nunca efetivá-lo. Não acho que as diretorias pensem nisso na hora de dar o cargo ao técnico, mas pensam na hora de tirá-lo de lá. É fácil: você daria o planejamento de longo prazo a um técnico que atua pela primeira vez num time de ponta?



O caso extremo para mim foi o do Márcio Bittencourt, que assumiu o Corinthians depois do Passarela, em 2005, e montou o time que foi campeão do Brasileiro daquele ano - mas ele foi só campeão moral, já que no final da caminhada pelo título, mesmo com bons resultados, foi substituído por Antônio Lopes, que não mexeu no time e levou a faixa para casa.

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